Desde há algum tempo que a industria da moda é vista como um dos instrumentos mais poderosos para transformar o mundo em geral e a nossa Sociedade em particular. Para além disso, é tido como um dos sectores com mais impacto nas respetivas economias. Itália, o Reino Unido e França são sem dúvida dos Países com mais criadores e que mais têm promovido a inovação e a tecnologia no âmbito da moda e das industrias conexas.
Em Portugal temos o calçado e a industria têxtil com uma presença digna de registo no nosso PIB. Conseguimos, igualmente, ter notoriedade e prestigio naquilo que diz respeito aos nossos criadores e essa é uma das razões pelas quais no passado mês de fevereiro Luís Onofre foi nomeado pela APICCAPS, na maior feira internacional do setor, a Micam, em Milão, Presidente da Confederação Europeia da Indústria de Calçado. Tomará posse no próximo dia de 24 de maio e sucederá ao italiano Cleto Sacripanti. Já em 2001 outro português tinha presidido à Confederação Europeia da Indústria de Calçado. Fortunato Frederico liderou a associação que representa todo o universo do calçado a nível europeu, com sede em Bruxelas, durante um período de dois anos.
Mas apesar de todas as mudanças a que temos vindo a assistir no mundo da moda esta apresenta os mesmos problemas das diversas áreas que incorporam o sector económico e têm uma lacuna gravíssima naquilo que diz respeito à presença de mulheres na liderança desta indústria (onde Miuccia Prada continua a ser de facto uma das grandes exceções).
Assume por isso uma elevada relevância a transformação a que estamos a assistir pela mão da Casa Dior e de Maria Grazia Chiuri…