No ensino profissional, esta realidade torna-se ainda mais relevante: preparar os estudantes para o mercado de trabalho exige uma ligação constante às ferramentas digitais e uma consciência atenta das transformações em curso nas empresas.
Vivemos uma profunda transição digital, na qual a Inteligência Artificial (IA) assume um papel decisivo. Já não se trata de tendências futuras, mas de uma realidade que está a transformar a forma como empresas, trabalhadores e clientes interagem. Para garantir que os jovens estão verdadeiramente preparados, é essencial que a IA seja integrada nos currículos de forma transdisciplinar e interdisciplinar, permitindo aos estudantes desenvolver competências alinhadas com as reais necessidades do mercado.
De acordo com o Work Trend Index da Microsoft, 64% dos trabalhadores afirmam não ter tempo suficiente para concluir todas as suas tarefas diárias — um verdadeiro défice de capacidade. É neste contexto que a IA generativa se revela um apoio fundamental, ajudando na análise de informação, na otimização de processos e na execução de tarefas repetitivas, libertando tempo para atividades de maior valor acrescentado. Longe de ser uma ameaça, esta tecnologia deve ser encarada como um elemento complementar, potenciando a produtividade e o bem-estar.
Para que esta transformação seja efetiva, contudo, as escolas também precisam de evoluir. A Comissão Europeia, através do Plano de Ação para a Educação Digital 2021–2027, definiu como prioridades a criação de um ecossistema de educação digital eficaz e o reforço das competências digitais de todos os intervenientes educativos. Isto implica investir em infraestruturas, equipamentos e conectividade, mas também na formação de professores e na promoção de uma cultura digital inclusiva e equitativa — assegurando iguais oportunidades para raparigas e rapazes.
Artigo disponível na íntegra na EfVET Magazine de setembro de 2025.



